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Covid19

19/05/2020 - Dúvidas sobre testes da Covid-19 estão entre os principais assuntos nos canais da PMU

Com o avanço das ações de enfrentamento à Covid-19 em Uberaba, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, busca responder as dúvidas da população à medida que são levantadas junto aos canais oficiais de comunicação do Município. Um dos principais questionamentos está relacionado aos testes para coronavírus.

A infectologista, doutora em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade Federal de São Paulo/Unifesp, Cristina Hueb Barata, coordenadora do Comitê Técnico-Científico para enfrentamento da doença em Uberaba, explica sobre os métodos diagnósticos. Segundo ela, além do PCR, que detecta o vírus por meio de swab naso/orofaríngeo (secreções), há também a identificação pelo sangue de anticorpos produzidos contra o coronavírus. “Estes testes são chamados sorologias e podem ser realizados por três metodologias, sendo que cada uma tem seu perfil quanto a porcentagem de sensibilidade (o quanto é capaz de diagnosticar) e especificidade (o quanto é assertivo  quanto ao vírus)”, relata.

Cada teste tem o momento certo para ser realizado. O PCR, por exemplo, deve ser colhido entre três a sete dias do surgimento dos sintomas, pois os vírus estão mais evidentes neste período, justifica Cristina. Os testes sorológicos contam com três metodologias e devem ser realizados após, no mínimo, oito dias do início dos sintomas/sinais de infecção pelo vírus.

“Eles {os testes} detectam dois tipos de anticorpos: a imunoglobulina M (IgM), que é produzida na fase inicial da resposta imunitária e em geral desaparece precocemente; e a imunoglobulina G (IgG), cuja produção é mais lenta após a infecção e pode persistir por mais tempo”, pontua a infectologista.

Imunidade. A grande questão, segundo Cristina Barata, é como interpretar estes resultados, pois nenhum dos testes garante que o paciente está infectado ou recuperado, com proteção permanente ou transitória. “O papel atual dos testes sorológicos é fornecer informações para ajudar no rastreamento da propagação do vírus pelo País, pois não há certeza se a proteção que os anticorpos podem conferir é duradoura e se protegem inteiramente contra a doença”, ressalta. Por isso, - salienta -, a importância do isolamento e distanciamento social. Eles não impedem a transmissão do vírus, mas evitam o número excessivo de casos graves de maneira simultânea. “Com isso é possível evitar a sobrecarga e, consequente, o colapso do sistema de saúde, pois as infecções, apesar de continuarem ocorrendo, acontecem de forma gradual e as pessoas pertencentes aos grupos de risco ficam mais protegidas”, finalizou.

 

Jorn. Clarice Sousa 

 
 
 

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